terça-feira, 29 de julho de 2008

Capitulo 15

- interrompo - E sinto que estás diferente comigo, então, tu já sabes que eu gosto de ti, quer dizer não gosto.

- Não? – ficou com um olhar triste.

- Não, eu não gosto de ti, eu amo-te, é diferente

- Aaah, mas Sara…

- Ainda não acabei. Eu nunca pensei que um dia viesse viver contigo, muito menos que te ia dizer amo-te a olhar-te nos olhos e ainda menos que ia saber o que hoje soube… - continuava a falar rápido.

- Sara…

- Mas eu compreendo que estejas confuso e que sintas isso porque pronto, acabaste uma relação e eu sou a “rapariga nova”, não te preocupes, eu só quero que sejas feliz, se fosse comigo ainda melhor, mas já fico feliz em ter a tua amizade!

- Já posso?

- Sim - mais calma.

- És uma miúda espectacular, gosto do teu estilo e tens uma personalidade forte. Eu amo o teu cabelo e as tuas mãos… hum, tens a pele tão suave =$ Hum… sim, eu acho-te piada, sinto-me bem ao teu lado e é como se fossemos amigos à anos, não te vou dizer que é impossível apaixonar-me por ti, porque eu sei que não é mas temos de ter calma sim miúda?

- Vai um mergulho? - mudanças de assunto repentinas.

Não foi mergulho nenhum, deitámos imensa água para fora xD

- Gosto tanto dos teus ócu… Sheisse!!!

Olho para ele e vejo-o todo molhado, com os meus óculos de sol postos, não resisti a rir-me e o Bill, ao vir ao de cima, ri-se também.

- Mete uma piada louca… Vais pagá-las miúda…

Tira os óculos e manda tudo para o chão, começa a correr e faz um mortal para entrar na piscina.

Começo a nadar para fugir dele mas ele agarra-me num pé e puxa-me para ele, respiramos fundo e puxa-me para baixo de água com ele, abro os olhos e vejo-o à minha frente, os anos de natação deram-me jeito naquele momento, aguentei mais tempo que ele (a)

Volto ao de cima e vejo o Tom a ir para a MINHA espreguiçadeira, e Bill, pft, tinha desaparecido. Sinto alguém puxar-me pelo tornozelo para baixo de água, respiro fundo outra vez e desta vez foi o Bill que apareceu à minha frente. Voltámos para a superfície e mergulhámos outra vez, mas eu mergulhei primeiro.

Fiz-lhe sinal que ia para cima porque tinha pouco ar e ele puxa-me, juntando o seu corpo com o meu e beija-me de baixo de água, foi simplesmente mágico, um sonho.

- Estou para saber o que os meninos andavam a fazer de baixo de água… Vejam só… e vêm todos sorridentes…- estava sentado a “ler” uma revista, sim, ler entre aspas porque ele estava a fazer que lia.

- Disfarças tão mal Tom’zinho…- deitou-se de barriga para baixo e eu, toda molhada, “sentei-me” nas costas dele, estava mais ajoelhada, tinha uma perna de cada lado do seu corpo, estico-me para ver a revista e começo-me a rir: era uma revista de moda, certamente do Bill.

- Se continuas assim algo em mim vai ficar demasiado contente, já está a começar.

Saí logo de cima dele xD

- A revista de moda é interessante não é? - olho para o Bill e ele pisca-me o olho, sorrindo de seguida.

- Qual revista de moda?

- Disfarças mesmo mal… Está confirmado. -.-‘

Olha para a revista e volta a olhar para mim com um sorrisinho nervoso.

- Ahm… pois… eu sabia que era de moda…

- Tom, não te enterres ainda mais xD

- Tom, posso-me deitar aí para secar? Estás de cima da minha toalha caso ainda não tenhas reparado…

- Acho que não podes… Agora estou aqui bem - mete os meus óculos de sol.

- Ei! Quero os meus óculos!!

- Não :N

- Tom…

- Não.

- Pronto, está bem, não me apetece discutir, até parece que fazes de propósito – ultima parte em português.

- Ena miúda, outra vez a falar português? Eu já te tinha avisado…- tira os meus óculos e levanta-se.

- Nãoo, Tom, não me faças nada…

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Capitulo 14

Estava encostada à porta do quarto do Bill, a minha curiosidade foi mais forte que eu e não resisti a ouvir a conversa…

- Aha, eu sabia!!! Tu estás a começar de gostar dela!! Não me enganas Bill’zinho pequenino =)

- Olha, cala-te antes que ela ouça.

‘Tarde de mais Bill, já ouvi’

Eu estava toda sorridente. Ouvi passos do outro lado da porta e abri a porta do meu quarto para ver se disfarçava, assim era como se fosse a sair de lá. Estava com a parte de cima do bikini e com os calções, tinha as minhas havaianas calçadas e a minha toalha vermelha com uma joaninha sobre o ombro direito. A porta abre-se e vejo o Tom e o Bill saírem.

- Elááá

- Estavas aí? =x

- Saí agora, vou até à piscina.

- Também vou, não posso perder a oportunidade de te ver semi-nua - Bill dá-lhe uma cotovelada - Auu, pronto, vem também.

- Venham cá ter. - comecei a andar mas um deles agarrou-me no braço, voltei-me, foi o Bill (o Tom já tinha desaparecido, devia ter ido para o quarto). Olhei-o nos olhos e perdi-me novamente neles.

- Como estás?

- Bem, e tu? – sorri.

- Melhor…

Instalou-se um momento de silêncio um pouco constrangedor.

- Ahm… Eu vou indo…

- Ah, sim, já vou ter contigo, quer dizer, já vamos ter contigo.

Aquela piscina era enorme, exactamente o que eu queria, apetecia-me nadar. Estendi a toalha numa das espreguiçadeiras que estavam em cima da relva e comecei por molhar os pés, fui entrando aos poucos. Quando já estava toda molhada saí e preparei-me para dar um mergulho e comecei a nadar, como se estivesse numa competição olímpica --'

Parei a meio da piscina pois reparei que estava a ser observada. Por pouco que não me deu alguma coisa ali na piscina: Bill e Tom em calções de banho, estava a babar-me outra vez.

- Temos nadadora… - disse o Tom.

O Bill já estava a “preparar” a espreguiçadeira ao lado da minha e acabou por se lá deitar. Saí da piscina e senti o olhar do Tom percorrer-me o corpo.

- Pára de olhar para mim Tom.

- Convencida…

- Olha, vai-me buscar os óculos de sol, deixei-os de cima da mesa na cozinha, se lá vou molho tudo…

- Está bem…

Ele voltou para trás e eu fui até à espreguiçadeira. Outro momento de silencio constrangedor =x

Olhei para o lado, tive a sensação que ele me observava pelo canto do olho. Sentei-me na espreguiçadeira dele e o cabelo começou a pingar na barriga dele, provocando-lhe pequenos arrepios.

- Acho que temos de falar… Deixa-me deitar ao teu lado, vá, chega-te para aí.

- tira os óculos de sol - Vais-me molhar todo, e eu vou-me arrepiar todo!!

- Todo mesmo? (a)

- Oh, também, pensas logo nisso --'

- Eu não disse nada… - deitei-me ao lado dele e ficámos uns segundos a contemplar o olhar um do outro.

- Bill

- Sara - falámos ao mesmo tempo, mas eu tinha de dizer de uma vez se não perdia a coragem.

- Eu já sei o que sentes por mim - falei tão rápido óÒ

- Não percebi

Repeti-lhe, mais devagar.

- Well…

domingo, 27 de julho de 2008

Capitulo 13

Continuava no mesmo sitio, as lágrimas não paravam de cair. ‘Ele tem namorada…’

Ouvi baterem na porta.

- Não quero falar com ninguém!

- Sou eu, o Tom, abre…

- Que queres?

- Deixa-me entrar, deixa-me ver como estás, por favor não cometas nenhuma loucura…

Não lhe respondi. ‘A maior loucura que poderia cometer era deitar-me desta varanda abaixo’

Ele entrou, estava preocupado, notava-se na cara dele. Ajoelhou-se à minha frente.

- Não chores…

- Tom, ele tem namorada… Porque não me disseram nada?!

- Já não tem…

- O quê?

- Ele está tão mal como tu, a gaja acabou por admitir que só queria o dinheiro dele e a fama. Ele queria vir falar contigo, e a gaja ficou passada.

- Não te posso dizer que estou feliz porque sei que ele está a sofrer…

- E acredita que muito, está-me a custar ver-vos assim…

- Porquê? Conheces-me nem há um dia… O teu irmão compreendo mas eu…

- Oh, tu gostas dele, e ele está mal porque sente que te fez sofrer por causa de uma pessoa que não vale nada… E se queres que te diga, acho que ele te acha uma certa piada, se é que me percebes - pisca-me o olho.

- Sim Tom Kaulitz, ele deve-me é achar uma miúda… Sabes quantos anos tenho? - já não chorava, na verdade, estava toda feliz por dentro, o Tom conhece o irmão…

- Sei lá miúda, 17?

- Menos um.

- What?! Tens 16 anos? Não parece… - mete-se a olhar para o tecto - Oh, são só 2 ou 3 anos de diferença, não é nada de especial…

- São 3, fiz 16 há pouco tempo.

- Uhuh, és bem constituída para 16 anos xD

- Poupa-me Tom…

- Olha maninha, eu vou ver como está o teu amor - faz uma cara de enjoado - e tu vê lá se paras de deprimir…

- Está bem…

Dá-me um beijinho na testa e dirige-se para a porta.

- Tom! Dá para ir para a piscina?

- Claroo, e olha que eu não me importo… - sorriso perverso.

- Só te sabes atirar a mim.

Sorriu e foi embora. Olhei para o relógio, por incrível que pareça já tinha feito a digestão. Procurei o meu bikini preto e preparei-me para ir para a piscina.

**

Tom voltou para a sala mas já não estava lá ninguém. Procurou na cozinha e nada, os carros do Georg e do Gustav já não estavam à entrada. ‘Dois já se foram embora… O Bill está no quarto… de certeza…’ Subiu novamente e foi até ao quarto do irmão. Ele estava lá, estava sentado no chão encostado à cama, ainda tinha os olhos vermelhos de tanto chorar. Tom sentou-se ao seu lado.

- Como é que ela está?

- Melhor… Sabias que ela só tem 16 anos?

- Pensei que tinha mais…

- Oh, mas isso também não importa não é? Como tu dizes, o amor não escolhe idades… Que coisa mais lamechas, mas pronto xD

- O amor? Mas que amor? Não há amor nenhum, andas a ter sonhos.

- Mente-me… eu sei que é verdade… Ela gosta mesmo muito de ti, eu senti isso quando estava a falar com ela, e sei que ela não te é indiferente… achas-lhe uma certa piada, não achas maninho?

- Não… Eu mal a conheço Tom…

- Até parece… Confessa… Tu estás a gostar dela… Quando aquela pega da Monique te beijou tu ficaste tão preocupado com a Sara, eu conheço-te… E para além disso, vocês dão-se como se fossem amigos à anos…

- Oh… pronto… talvez lhe ache uma certa piada…

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Capitulo 12

A rapariga passou por mim e deu-me um encontrão que me fez dar um passo em frente. O meu olhar cruzou-se com o do Bill, notei que ele estava preocupado, e até mesmo atrapalhado.

- Então amor, não me vens cumprimentar?

- Ahm… Monique… Não disseste que vinhas… - mesmo tom de nervosismo do irmão.

- Olha lá, posso saber porque estás sem camisola?

- Ahm… Estava com calor…

Eu permanecia no mesmo sitio, o Bill estava agora em frente da rapariga e olhava para mim. Algumas lágrimas soltaram-se mas eu não deixei as outras cair. A tal de Monique olha para mim e, com um sorriso de troça, beija o Bill logo a seguir. Faltaram-me as forças, as lágrimas caíram, tinha as pernas fracas. O Tom olhava para mim, preocupado, o Georg e o Gustav estavam com a mesma expressão que ele. Corri para as escadas, queria-me refugiar no meu quarto.

- Sara!!! Espera!!! - olhei para ele uma outra vez, ele vinha em direcção a mim mas ela agarrou-o.

Sentei-me no chão, encostada à porta que dava para a varanda, chorava como não chorava há muito tempo, estava… em pedaços.

**

Na sala.

- Larga-me Monique!! Deixa-me ir falar com ela!!

- Estás a gozar comigo? Que lata! Tu és meu namorado, tens de ficar aqui.

- Que cena…

- Ena, coitada da miúda… - os G’s falavam entre si, observavam a cena entre o Bill e a namorada.

- Eu tenho de ir falar com ela.

- Não tens não, vais ficar aqui comigo.

- Não Monique - a berrar - tu não mandas em mim!!

- Tu não vais trocar a tua namorada por aquela… pindérica!

- Tu nem a conheces para estares a dizer isso!! Olha Monique, eu não admito que me fales assim, tu não mandas em mim!!

- Mas eu sou tua…

- Sai… - o Bill falou calmamente.

- O quê?

- Sai, amanha falamos melhor…

- Ai isso é que não falamos!! Ninguém me manda embora! Ninguém!! Nem tu, seu desgraçado que nem para me dar dinheiro serves!!

Na sala ficaram todos parvos com o que ela disse.

- O quê? – perguntou Bill incrédulo.

- Isso mesmo que ouviste… Está tudo acabado! Tudo!! Achas que alguém quer ficar contigo? Assim? Oh rapaz, ninguém quer andar com um gajo que mais parece uma gaja… Eu só queria o teu dinheiro… Queria a fama… Mas nem para isso me serviste…

Bill começara a chorar, sentiu-se derrotado, deixou-se cair no sofá. Tom agarrou no braço de Monique e meteu-a fora de casa.

- Nunca mais cá voltes!!! Sua pega!! - a berrar, baixando logo o tom - Se bem que dava umas voltinhas contigo…

- Não acredito nisto… Tenho de ir falar com ela… - continuava a chorar, tapou a cara com as mãos.

- Com quem? – perguntou o G.

- Com a Sara seu grande estúpido! – foi o Gus que lhe respondeu, dando-lhe uma palmadinha na testa.

- Estás bem mano?

- Nãoo! Tens noção que acabei de desiludir uma rapariga que gosta mesmo de mim por causa de uma que apenas queria… Eu tenho de ir falar com ela…

- Não, eu vou. - disse Tom.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Capitulo 11

Ele girou a garrafa e parou no Georg.

- Verdade ou consequência?

- Verdade.

- Hum… É verdade que gostavas de ser como eu?

- Nãooo

- Estás a mentir. O que fazemos se estiverem a mentir ou se não fizerem a consequência?

- Quando eu jogava tirávamos uma peça de roupa… ou outra coisa que estivesse no nosso corpo… - fiquei parva a olhar para o Gustav xD

- Tira Georg…

O Georg tirou o elástico que lhe prendia o cabelo, ficou com um cabelo despenteado xD

O Georg rodou, parou no Bill.

- Consequência, se na verdade mentir o Tom vai saber…

- Oh Georg, eu sei uma brutaaal. – do Tom não ia sair coisa boa. Começaram a falar baixinho os dois.

- Tens de beijar a Sara.

- O quê? – falámos ao mesmo tempo. Olhámos um para o outro e sinto a minha cara a arder, ele estava vermelho.

- Recuso-me. – disse o Bill muito decidido.

- Eu também!!

- Despeee – o G é vingativo.

O Bill teve de tirar a camisola e eu fiquei tipo, a babar-me para ele.

- Tu também tens de despir Sara… - como se o Tom não falasse.

- Nem penses!

- Tem de ser… - e o G ajudou-o…

Tocam à campainha.

- Eu vou lá!! - levantei-me muito rápido e abri a porta. À minha frente estava uma rapariga com uns 17/18 anos, era ligeiramente mais baixa que eu (o meu metro e 70 fez-me ganhar um ar de “superioridade”), tinha uma pele pálida, cabelos castanhos a caírem-lhe pelos ombros e digamos, exagerou na maquilhagem porque ela estava carregada de base.

- Que deseja?

- Quem és tu?

- Vivo aqui.

- Também não interessa, deixa-me entrar.

- Não sei se deva…

- Oh miúda, deixa-me ir ter com o meu namorado.

- Mas qual namorado? - ouço o Tom a gritar.

- Quem é?

- Uma gaja que diz que veio ter com o namorado!! Deve ser para ti…

O Tom apareceu logo a seguir. Quando viu a rapariga olhou para mim e fez um sorrisinho nervoso.

- Estava a ver que ninguém decente vinha cá… - falava num tom fútil e a voz dela era irritante.

- E eu não sou decente?!

A rapariga olha-me de lado de alto abaixo. ‘Odeio que me façam isso’

- Monique… - notei um certo nervosismo na voz dele.

- Conheces? Vá, não estou admirada. Olhem, fui. - virei costas e comecei a andar.

- Vim ter com o Bill.

Parei, estava agora à entrada da sala. ‘Não… não pode ser… Ela não pode ser…’

- Estás bem? Quem era? – reconheci a voz do Bill. Sentia as lágrimas a querem sair a qualquer momento, fixei o tecto.

- Está tudo bem, era uma tal de Monique. - disse num tom baixo, tinha uma enorme vontade de chorar, mas tentei aguentar, respirei fundo.

Capitulo 10

- Boom Diaa!!! – aos berros.

- Deixa-me dormir, I wanna sleep…

E viro-me para o outro lado.

- Acorda lá…

- Oh Bill, posso-a a violar?

Se aquilo era para me acordar, ele conseguiu. Abro muito os olhos e olho para ele.

- Vai aos… gambozinos - última parte em português.

- Não sei o que disseste, mas se continuas a falar nessa língua esquisita nem sei o que te faço!!

Sentei-me na cama e fechei os olhos, eu ainda nem estava a ver muito bem, abro-os outra vez e vejo o Bill de um lado da cama e o Tom do outro, praticamente fui esborrachada, deram-me um beijinho nas bochechas ao mesmo tempo :$

- Eu realmente tenho muita sorte…

- Por me teres sentado ao teu lado? – o Tom não desiste.

- Não, por estar com dois rapazes lindos sentados ao meu lado, e são só os rapazes mais desejados de toda a Europa, sendo que o do meu lado esquerdo – o Bill - é mais bonito :$

- Mas nós somos gémeos!!! – protestou o Tom.

- Mas ela diz que eu sou mais bonito que tu :N

- Tom, não me faças essa cara de cachorrinho abandonado.

- És má para mim – outra vez amuado.

- Eu depois compro-te um gelado, como fazem aos putos quando lhes dá para a birrinha.

O Bill riu-se e eu ri-me também, desta vez o Tom também acabou por se rir. ‘Tudo o que sempre quis está ao meu lado’

- Estás melhor? – perguntou o Bill.

- De quê?

- Daquilo que aconteceu de noite, o pesadelo…

- Tooom, foste-lhe contar? Ena, és pior do que as velhas da minha terrinha!

- Oh, nós contamos tudo um ao outro… E era impossível mentir-lhe.

- Eu fiquei logo bem Bill, mas obrigada por te preocupares… - sorri para ele e ele retribuiu o sorriso.

- E que tal deixarem-me tomar um banhinho?

O Bill levantou-se logo e começou a andar para a porta, o Tom estava no mesmo sitio.

- Tom, é suposto irmos embora…

- Ahm… Han? - olha para mim - Ah sim.

Ele estava estranho, levantou-se e saiu logo do quarto, até o Bill ficou a olhar para ele com cara de ‘WTF?’.

- Ahm, bom, nós estamos lá em baixo à tua espera, estamos só nós em casa, o Georg e o Gustav vêm cá ter, vamos almoçar cá todos.

- Está bem, desço já.

Ele saiu e eu fui até ao meu duchezinho. Tentei não demorar muito tempo. ‘Baah, o que é que vou vestir?’ Estava um calor enorme, olhei para os meus calções (que comprei na secção de rapaz, mas eu usava-os mesmo “ao fundo do cu”, como a minha mãe diz =x) às riscas pretas e brancas e foi isso mesmo que vesti, para cima, top’zinho branco de alças que eu sempre amei, calcei as minhas All Star beges todas rotas (e também desapertadas) e estava pronta. Meti a partezinha da franja para trás com uns ganchos e espuma no cabelo que mais tarde iria ficar encaracolado e lourinho (quando tenho o cabelo molhado ele fica castanho). Quando cheguei à sala já lá estavam os G’s.

- Hey

- Mas a rapariga vem toda giraça! – disse o G (optei por tratar o Georg assim, não atinava com o nome dele xD)

- Devo estar num linda figura…

- Gosto dos teus calções :$

- Eu ouvi bem? Oh Gustav, tu gostas de calções de rapariga? - disse o Tom no gozo.

- Por acaso até são de rapaz, eu é que não resisti a comprá-los.

- Aah, então sendo assim também gosto – mudou de ideias rápido o rasta.

- Vamos almoçar? Estou cá com uma fome… - disse o Bill olhando na direcção da cozinha.

- Somos dois – disse.

Na cozinha havia 5 pizzas. ‘Devem pensar que eu vou comer uma pizza inteira’

Eles tinham mesmo apetite, comiam que nem uns malucos, e eu só comi umas 3 fatias… O resto comeram eles, nem sei onde foram arranjar espaço para mais =x

Estávamos de volta à sala.

- Então que vamos fazer? – o G olhava para todos.

- E que tal… vai parecer estúpido… mas podia-mos jogar ao verdade e consequência… - disse eu encolhendo os ombros.

- Eu alinho, já não jogo há imenso tempo!! – o Gus estava entusiasmado.

- Eu também, eheh - não percebi aquele risinho do Tom no fim.

- Está bem… - o Bill não estava muito convencido.

- Está decidido…

- Tom, a tua garrafa se fazes o favor - ele estava com uma garrafa de coca-cola vazia na mão, fiquei à espera que ele ma desse.

- Na na, eu tenho a garrafa, eu começo…

Capitulo 9

- Agora que estou aqui convosco tenho medo de vos perder…

- Tu gostas mesmo do Bill não é?

- Sim…

- Só devias estar feliz… Eu acho que vocês foram feitos um para outro…

- Não digas isso… Eu sei que eu e o Bill não vamos ter mais nada para além de uma amizade…

- Oh, de certeza que quando estavas em Portugal pensavas que nunca irias ser amiga dele ou que nunca irias estar aqui comigo ou com ele…

- Pois era…

- E não estás agora? Tens a prova que nada é impossível…

- Estou mesmo feliz sabes?

- Eu sei, foi por me veres agora – sorriu e piscou-me o olho.

- Gosto muito mais do outro Tom -.-‘

- E eu gosto muito mais de ti quando andas… vá… menos tapada xD

- Parvo, mas pronto, como eu te disse, eu gosto de ti na mesma… Eu sei que lá no fundinho és bom rapaz.

- Eu sou muito bom rapaz! Queres que te prove isso?

- Não! Eu não duvido… - sorri, não me podia queixar, estava ali, na casa do rapaz que amava, com o irmão dele ao meu lado.

- Vocês fazem-me realmente bem…

- Porquê?

- Oh Tom… Eu já estive à beirinha do suicídio… mas graças ao Bill, a ti, ao Gustav e ao Georg, mas principalmente graças ao Bill, não fiz nada, tudo o que fiz foram tentativas, eu começava com uns pequenos cortes e desistia logo… :$

Ele estava muito sério a olhar para mim.

- És tão freak miúda! Tu estavas bem? Porque é que fazias isso?

- Discussões com os meus pais, com os meus amigos, complicações, porque achas que eu me inscrevi nesta cena do intercâmbio? Eu precisava de sair dali, daquele espaço, precisava de conhecer novas pessoas e de me afastar… eu estava à beirinha da depressão, não saía de casa, passava a vida no quarto…

- Woww, nunca pensei miúda, tu andas sempre a sorrir desde que te vi…

- Isso é porque estou aqui convosco… Sempre foi este o meu sonho… É normal andar sempre a sorrir…

- Sim mas… Oh, esquece, vamos mudar de assunto…

- Oh Tom, tu não vieste aqui para fazer outras coisas pois não?

- Claro que não, não me importava, mas não, ouvi-te aos berros =x

- O que é que eu disse?

- Que amavas ao Bill - ele ficou com um sorriso de orelha a orelha e eu toda atrapalhada, mas também, já lhe tinha confessado que gostava do irmão…

- E deixares-me dormir?

- Estás-me a mandar embora?

- Talvez…

- Podias deixar o teu maninho mais velho dormir aqui contigo…

- TOOOM!!!

- Eu antes também dormia com o Bill…

- Se eu não te conhecesse…

Levantou-se da cama, cruzou o braços e ficou com cara de amuado.

- É sempre a mesma coisa – amuou.

- Está bem Tom, agora volta para a caminha e deixa-me dormir.

Ele olhou para mim com cara de cachorrinho abandonado e dirigiu-se para a porta, quando estava a fechá-la olha para mim e mete a língua de fora, piscando-me o olho logo a seguir.

- Dorme bem… - sorri e assim que ele fechou a porta voltei a adormecer.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Capitulo 8

- Não… Tive uma grande desilusão com… 12 ou 13 anos, o meu primeiro amor… e o rapaz… era horrível o que ele me fazia, mesmo, e a partir daí foi só desilusões com os rapazes, eu fiquei mesmo mudada…

- Então?

- Eu não confio nas pessoas, custa-me mesmo, para uma pessoa ganhar a minha confiança é mesmo preciso muito, e depois eu sou daquelas que está à espera do seu príncipe encantado… Até que depois tu… pronto, despertas-te em mim aquele sentimento…

Ele estava muito atento a ouvir-me falar e eu estava a começar a falar com ele abertamente sobre o que sentia por ele…

- Aquilo tudo dos textos… É mesmo inacreditável…

- Inacreditável é isto que está a acontecer agora…

- Porquê?

- Porque… a partir do momento em que apareceste na minha vida tudo mudou… tu és a razão do meu sorrir… se estou aqui hoje é graças a ti, porque sempre que estava prestes a cair no abismo tu não me deixavas cair… – o olhar dele brilhava, uma lágrima caiu pela minha face.

- Estás a chorar? - baixei a cabeça, e, suavemente, ele colocou uma mão na minha face e levantou-ma, os nossos olhos estavam ao mesmo nível.

- Não ligues…

- Quero-te ver a sorrir… Tens um sorriso tão lindo… - sorri, as lágrimas pararam, deixei-me levar pelo abraço suave que ele me deu.

- Vamos voltar para baixo?

- Sim.

Saímos do quarto e vimos o Tom a vir na nossa direcção.

- Eles já foram embora…

- Nem se despediram de nós… - fiquei triste, queria-me despedir deles.

- Vocês demoraram imenso!

- Estivemos a conversar…

- Sendo assim vou dormir, estou cansada =x

- Eu também vou. – disse logo o Bill.

- E eu não fico a olhar para o tecto -.-‘

- Então, boa noite, durmam bem meninos.

Dei um beijinho na face de cada um e fui para o quarto. Eles entraram também no deles. Não demorei a adormecer. Um sonho invadiu-me o pensamento. Havia alguém a querer-me tirar dali, da casa dos gémeos, queriam-me separar do Bill.

**

Tom estava sentado na sua cama, o seu quarto era ao lado do quarto da Sara. Começou a ouvi-la falar. ‘NÃÃÃOOOO, eu não quero sair daqui… Bill, por favor, não deixes que me separem de ti, não deixes, eu amo-te, por favor…’

Levantou-se e decidiu ir até ao quarto da rapariga. Ela estava deitada, dava imensas voltas na sua cama. ‘Estará a ter um pesadelo?’ Aproximou-se e chamou-a.

**

Acordei sobressaltada, vi o Tom ao meu lado e abracei-me a ele a chorar.

- Estavas a sonhar?

- Queriam-me levar daqui, queriam-me afastar dele…

- Não chores, ninguém te afasta do Bill… - ele abraçou-me e começou a mexer no meu cabelo.

- Tenho medo Tom…

- De quê miúda?

Larguei-o e olhei para ele.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Capitulo 7

- Diz

- Mostrares-me esta enorme casa…

- Pensei que já te tinham mostrado…

- Não =x

Ele levantou-se.

- Vou mostrar a casa à Sara.

Levantei-me também e segui-o.

- Aqui é a sala… Se fores sempre em frente é a cozinha.

Na sala havia duas escadas, umas para o lado esquerdo e outras para o direito. Fomos pelo esquerdo, aquelas iam para o meu quarto.

- As outras escadas dão para o quarto da minha mãe e do Gordon e para os quartos de hospedes de casal.

- Que organização de casa…

Estávamos no corredor do meu quarto, aquilo havia lá mais umas quantas portas.

- Neste corredor durmo eu e o Tom, e agora tu claro. - sorriu outra vez.

- E as outras portas todas?

- Quartos de hospedes e arrumação -.-‘

Começou a andar e parou em frente a uma porta, abriu-a.

- É o quarto do Tom?

- Adivinhas-te rápido.

Quarto grande, cheio de posters de gajas, roupa larga espalhada pelo chão, não era muito difícil xD

- Então e o teu?

- É mesmo em frente ao teu =x

- Ena…

- Não te metas com ideias! – tom de brincadeira.

- Se fosse dessas já te tinha feito sei lá o quê – sorri - Mas não me mostras o teu quarto?

- Oh, claro.

Parámos em frente à porta do lado contrário à que dava para o meu quarto. Ele abriu-a.

- Satisfeita? – sorriu.

- Muito mais – retribuí o sorriso.

Ele entrou e saltou para cima da cama. Eu fiquei à porta, olhei em meu redor e o meu olhar parou no Bill. Ele estava à minha frente, eu estava ali, com ele, com eles, estava mais que feliz, estava a viver um sonho na realidade, tudo o que sempre quis estava a acontecer, a razão do meu sorrir, a razão do meu chorar, a razão do meu viver estava diante dos meus olhos e eu sentia-me como se ele tivesse estado sempre lá, como se convivesse com ele à anos. Fechei os olhos por segundos e voltei a abri-los, sorri. ‘Afinal nem tudo na minha vida corre mal’ Voltei àquele tempo, o Bill chamava-me. Entrei no quarto dele e sentei-me na cama ao lado dele.

- Estavas a sonhar acordada?

- Mais ou menos isso…

- Sinto-me como se soubesse tudo e nada sobre ti… E tu sabes muito sobre mim… Conta-me coisas sobre ti vá.

- Que queres saber?

- Tudo?

- Essa tua faceta de “coscuvilheiro” não conhecia, mas acho justo saberes coisas sobre mim…

- Eu sou bastante coscuvilheiro, gosto de saber tudo – sentou-se com as pernas à chinês.

- Então… Olha vou-te contar coisas a partir do dia em que conheci a banda está bem?

- Como queiras.

- Então… Eu conheci-vos de uma maneira tão estúpida :$ Estava eu com o meu pai a ver TV e nós costumávamos ver um programa qualquer de música num canal alemão e nesse dia aparecem lá umas personagens com um estilo estranho, os Tokio Hotel. Eu no inicio não gostava nada de ti, quer dizer, não gostava de nenhum, mas sempre gostei da música e com o tempo comecei a pesquisar mais sobre vocês e fiquei completamente fã.

- Tão giro – sorriu e bateu palminhas.

- Mas eu vi-vos na TV logo no inicio, deve estar a fazer 3 anos =x

- Mais coisas. Não tens namorado?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Capitulo 6

‘Mãe’

- É a minha mãe. Sim?

- Então filha? Nunca mais dizias nada! Começámos a ficar preocupados…

- Está tudo bem…

Eles estavam com umas caras cómicas a olhar para mim, eu estava a falar em português e eles não percebiam patavina xD

- Eu depois traduzo - em alemão.

- Que estás para aí a dizer?

- Estou a dizer que depois traduzo a conversa…

- Estás com quem? O teu pai está a perguntar se é com o namorado.

- Estou com… - olhei para eles - Posso dizer à minha mãe que estou com os Tokio Hotel?

Eles olharam uns para os outros.

- Diz – parece que o Tom já não estava amuado, lá me mostrou um sorriso (não perverso)

- Com quem Sara?

- Com os Tokio Hotel.

- Estás a brincar?

- Estou a falar a sério. O Bill está ao meu lado…

- interrompe-me - O Bill? Aquele que tu gostas muito? Deixa-me falar com ele, aii, mas isso quer dizer que também estás com aquele… o irmão, aquele que gosta de andar atrás da raparigas… Deixa-me falar com o rapaz!!

- Ele não sabe falar português mãe --‘

- Mas eles é que são a tua família de acolhimento?

- Não… A minha família de acolhimento são a mãe do Bill e do Tom e o padrasto deles…

- Deixa-me falar com eles.

- Não estão em casa.

- Ai estás sozinha com esses quatro marmanjos? - era a voz do meu pai.

- Olá pai --‘

- Deixa-me falar com o Bill…

- A minha mãe quer falar contigo Bill --‘

- Comigo? Porquê?

- Sei lá, acho que é por causa do Tom, ela tem medo que ele me faça algo – sorri.

Meti o telemóvel em altifalante.

- Vá, que lhe queres dizer?

- Posso falar?

- Sim..

- Olha rapaz, eu quero que tu cuides da minha Sarinha, não deixes o teu irmão ter ideias das que ele gosta…

- Espera mãe, tenho de traduzir.

Lá estive eu a traduzir e o Bill começou a sorrir, o Tom estava tipo ‘a senhora passou-se :|’ xD

- Não se preocupe, eu cuido dela… Ela é uma querida…

- Danke :$ Pronto mãe, ele diz para não te preocupares e que cuida de mim…

- A última parte também é para dizer

- E diz que sou uma querida… - em português.

- Olha que ela gosta muito de ti, tem fotos tuas em tudo o que é lado e está sempre a falar em ti, ou então nos outros, mas em ti é mais…

- Oh mãe, eu não vou traduzir isso!!

- Ai vais sim, e eu é que mando! Senão voltas para casa…

‘Porcaria de chantagem’, e traduzi.

Eu devo ter corado imenso, o Bill ficou assim atrapalhado e os outros estavam com caras tipo ‘o Bill tem uma sorte do carago’ xD

- Vá mãe, já estás a gastar muito… E aqui já é tarde, estou cansada. - ‘A mulher ainda se mete a falar de mais…’, pensei.

- Está bem filha, dorme bem, dá um beijinho aos rapazitos.

- Querem despedir-se?

- Claroo, como se diz em português? – diz o Gus muito entusiasmado.

- Adeus, beijinhos

Eles disseram um ‘Adeus, beijinhos’ tão engraçado =’)

Desliguei e todos olhavam para mim.

- Que foi? – fiquei confusa com todos aqueles olhares.

- A tua mãe é uma fixe. – já cá faltava o Georg para gozar.

- Falou de mais, não tinha nada de me obrigar a traduzir aquilo…

- Não fiques assim, ela só quer o melhor para ti… - disse o Gus, sorrindo.

- Vamos mas é continuar o jogo.

‘Obrigada Tom por mudares de assunto’

O Tom e o Georg lá continuaram o jogo. Eu fiquei farta de estar ali.

- Estou farto de aqui estar… - o Bill quebrou o silencio.

- Somos dois… Olha, sabes o que era bom?