sábado, 19 de julho de 2008

Capitulo 4

Isto devia ter sido explicado logo no inicio, peço desculpa. Nesta fic, quando aparecer ** quer dizer que a acção se realiza num local onde a Sara não está. Quando aparecer * é porque ouve um avanço no tempo.


'Estou a viver um sonho do qual não quero acordar. Não, estou tão habituada a sonhar contigo que agora confundo a realidade, isto não é um sonho, tu és real, não és uma miragem. Sempre te vi como um ser inacessível e agora aqui estou, hoje estive frente a frente contigo, hoje posso dizer com todas as certezas que te amo. Sim, eu amo-te Bill Kaulitz, e agora que to posso dizer, tenho medo… O medo apoderou-se de mim a partir do momento em que invadi os teus olhos, esses teus olhos lindíssimos que eu sempre contemplei em sonhos, agora o meu medo é pura e simplesmente o medo de te perder. Eu sei que não te tenho, mas hoje, a minha esperança renovou-se e sei que agora te posso vir a ter. Amo quando sorris para mim, um dos meus sonhos está realizado, estou ao pé de ti e tu já sorriste para mim… Desta vez não vou acordar, não vou dizer ‘foi outro sonho’, porque tu estás aqui, ao meu lado, e desta vez é de verdade…’

Bateram à porta.

- Sim

Era o Bill.

- Posso?

- Claro – sorri - precisas de alguma coisa?

Ele começou a andar na minha direcção e sentou-se no cadeirão preto que estava em frente à cama.

- O Tom ligou ao Georg e ao Gustav, eles vêm para cá…

- Eles sabem que eu existo?

- Sabem que vinha uma rapariga de Portugal viver para nossa casa, não os queres conhecer?

- Bill - era estranho dizer o nome dele com ele a olhar para mim - isso nem se pergunta…

Como sempre eu estava a ouvir música no pc, sem me aperceber começou a dar a An Deiner Seite. Ele olhou para o tecto (em cima da cama) e viu um poster gigante da banda.

- Para que queres o poster no tecto?

Olhei para o poster e acho que corei.

- Oh, olhar para ele assim que abro os olhos mete-me a sorrir. :$

- És estranha… - estava com um ar pensativo.

- Porquê?

- Não sei… Ao ouvir aquela conversa que estavas a ter com o Gordon pensei que ias começar aos berros e que me ias assediar, mas não… Ficas-te super calma… Não, tu paralisas-te… Porquê?

- Oh lie… Bill, eu pedi-te para esqueceres a conversa… Isto é tudo novo para mim… De manha estava em Portugal e agora estou na Alemanha, a viver na casa do rapaz que…

- Que…

- Que admiro muito… - não era bem isto que eu ia a dizer…

Ele ia falar, mas ouvimos a campainha.

- Devem ser eles. – salva pela campainha, mudei logo de assunto.

- Queres vir até lá baixo?

- Tenho de mudar de roupa, o Tom não tirou os olhos do meu decote =x

- Eu reparei, não ligues, ele é mesmo assim, mas é só no início, ele depois acalma…

- Espero bem que acalme. Olha, podes esperar por mim? É que eu perco-me nestes corredores… Vou-me vestir para o WC, é rápido.

- Eu espero…

Peguei no pijama (calções e camisolinha de alças) e entrei no WC.

**

Bill olhava para o portátil que estava em cima da cama. ‘O que estava ela a escrever?’ A curiosidade foi mais forte que ele e sentou-se em frente ao pc. Um documento no Word estava aberto, ele passou os olhos por um texto e viu o seu nome. Estava tudo escrito em português e ele traduziu o documento para alemão. Começou a ler, eram textos lindíssimos, uns exprimiam tristeza e outros alegria. Todos acabavam com um “Amo-te”, todos tinham o seu nome. Parou num que tinha uma espécie de diálogo entre ela e ele, ela dizia que o seu sentimento era verdadeiro, que não era apenas umas grande admiração… Ficou a meio do último texto.

**

Estava pronta, abri a porta e o meu olhar fixou um ponto, o Bill estava em cima da cama a mexer no portátil, vi uma lágrima na sua face. O seu olhar dirigiu-se para mim e subitamente levantou-se e abraçou-me. Ele chorava.

- Que tens?

Ele olhou-me nos olhos, os olhos dele estavam cheios de lágrimas.

- Desculpa…

- Porquê?

Deixei cair a roupa que tinha na mão e tive um flash ‘Os textos…’

- Estiveste a ler os textos…- não sei porquê mas vê-lo a chorar fez com que também eu chorasse.

- Desculpa… Nunca pensei que… alguém pudesse sentir o que tu sentes por mim sem nunca ter estado comigo… nunca quis fazer alguém sofrer…

- Não sejas tolo - sorri e limpei as lágrimas - eu não te culpo de nada, fui eu que… vamos esquecer isto, devem estar à nossa espera.

Ele sorriu e limpou as lágrimas, abraçou-me novamente.

- Vamos?

- Deixa-me só vestir uma camisola por cima desta. Achas que faço mal em aparecer de calções? - olha para mim e encolhe os ombros - oh, se algum se meter comigo leva logo.

Vesti a camisola e atei o cabelo. Ele saiu e eu também.

- Estás bem?

- Estou óptima, porque estou contigo… - dou-lhe um toquezinho no nariz com o indicador e sorrio.

1 comentário:

Chris disse...

Tão fofos...

Adorei este capitulo...

Ele leu os textos... ;-)

Küss***